O Papa Bento XVI continua a insistir na importância do diálogo assumido com os ortodoxos sobre o reconhecimento do primado do ministério do apóstolo Pedro na Igreja. O Sumo Pontífice voltou a carregar nesta tecla, na passada terça-feira, em que a Igreja Católica celebrou a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, uma das festas mais antiga do Ocidente.
Partindo dos escritos bíblicos do Novo Testamento, os católicos reconhecem Pedro como líder do colégio apostólico, substituído hoje pela figura do Santo Padre, enquanto Paulo é encarado como o apóstolo dos pagãos, um missionário por excelência. Ainda segundo esta doutrina, o reconhecimento do primado do Pedro é a “chave” da unidade entre os cristãos, significando isto que a unidade da Igreja está centrada na figura do Papa, actualmente Bento XVI. Para reforçar este diálogo sobre a unidade centrada no “primado petrino”, o zVaticano enviou uma delegação, substancialmente constituída por membros da Comissão mista Internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, para “negociar” com o Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, que se encontra em Roma, também para celebrar a festa dos apóstolos Pedro e Paulo.
Nestas circunstâncias, o Papa afirmou que a Comissão encarregada para continuar o diálogo está bem empenhada na sua missão, e o problema da unidade da Igreja a partir da figura do Pedro encontra-se no seu ponto crucial, depois dos primeiros debates tidos em Outubro do ano passado sobre o papel do bispo de Roma na comunhão das igrejas.
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