Em São Bento se enfeixam e se articulam os primeiros três séculos da experiência monástica cristã, na Europa e no Oriente Próximo. A Regra dos mosteiros que ele nos deixou é a expressão dessa experiência sintetizada, somada à sua vivência de santidade, ao seu gênio legislativo e ao seu fino conhecimento da psicologia humana.Por seu equilíbrio e fidelidade evangélica a Regra logo se espalhou por toda a Europa, instaurando aquele modo de vida de oração, estudo e trabalho, que garantiu a conservação da cultura antiga no seio dos povos bárbaros, orientou a educação dos jovens e animou a educação de muitos países. Por sua solidez espiritual e jurídica, a Regra edificou os mosteiros beneditinos que foram os focos irradiantes da fé e da cultura em toda a Idade Média - período no qual se plasmaram as atuais nações e línguas européias. É por isso que São Bento è venerado como patrono da Europa.Assim começa o Prólogo da Regra beneditina: "Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa fielmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastastes pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei".
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
São Bento - Sua vida
Bento nasceu na Itália, numa pequena cidade chamada Núrsia, no ano de 480. Sua família pertencia à pequena nobreza de proprietários rurais. Antes dos 20 anos de idade foi mandado para Roma, a capital e maior cidade do mundo conhecido de então, a fim de estudar letras. Mas Bento não se adaptou aos ambientes acadêmicos e sociais decadentes que encontrou, sentia necessidade de algo diferente. Partiu novamente para o interior e, depois de algum tempo, retirou-se completamente para "habitar consigo mesmo", na expressão dos "Diálogos" de São Gregório Magno, o mais antigo cronista de sua vida.Procurar a Deus de verdade: esta era a aspiração de Bento. Por isso, na radicalidade de seu espírito jovem e resoluto, confrontou-se com as opções fundamentais do Evangelho: a pobreza, a disponibilidade total a Deus, a escuta e o aprofundamento de sua Palavra. Tornou-se monge. Passou a viver solitariamente numa gruta, em Subiaco (em latim antigo: "sub lacum").A providência o encaminhou para Monte Cassino, onde permaneceu até o fim da vida e fundou o grande mosteiro que até hoje è venerado como o tronco de todas as casas beneditinas. Lá viveu e escreveu a Regra de vida que guiou o caminho de incontáveis gerações de santos e monges e até hoje orienta nossa vida monástica. Perto de lá sua irmã, Escolástica, deu inicio ao ramo feminino da ordem de São Bento, observando, a mesma Regra por ele estabelecida.
Quem São os Monges?
A identidade do monge se define pela escolha de um modo de vida que é ao mesmo tempo marginal e implicitamente crítico em relação à sociedade em geral e nos nossos tempos, especialmente em relação à sociedade de consumo. Um monge não foge do mundo, nem o odeia, mas dele se afasta. Renuncia a si mesmo e aos bens que poderia obter para si no mundo, para seguir ao Cristo no deserto, lugar de sofrimento e tentações, mas também de autenticidade e encontro.Assim, colocando-se à certa distância da sociedade, livre de suas convenções e imperativos, o monge entrega-se totalmente ao Cristo e assume uma disciplina cunhada pela sabedoria de uma tradição espiritual que lhe é transmitida por um mestre e uma comunidade.Sendo alguém que busca a Deus, o monge se dispõe a um contínuo e entusiasmado processo de conversão no dia a dia de sua vida comunitária. A comunidade torna-se a "escola do serviço do Senhor", reunida em torno de um pai (Abade), sinal de Deus que é Pai.Na comunidade aprende-se a arte de perdoar e amar, de deixar-se gradualmente completar, em sua personalidade, pelas riquezas dos outros. Este processo de crescimento alimenta-se no diálogo constante, pessoal e comunitário com Deus na oração, verdadeira respiração vital da presença do Espírito. E a oração une-se naturalmente ao trabalho manual ou intelectual, realizado por todos em espírito de oferenda e como serviço aos homens.Toda esta caminhada conduz, pela graça, a uma transformação interior e a um aprofundamento da consciência e da percepção, chegando a uma experiência no mais profundo do ser.A vida do monge é toda alicerçada na fé, experimentando constantemente a morte e Ressurreição em Cristo, com tudo o que isso implica: despojamento, humildade, paz, serviço, alegria, liberdade. Dentro do mosteiro o monge permanece aberto às necessidades dos homens e ao acolhimento. É livre para encontrar e amar a todos. E quer ser, segundo a vontade de Deus, um instrumento de seu Reino.
Vida Monástica
O monaquismo brotou na Igreja num momento de grave desafio: saindo da clandestinidade das catacumbas e casas particulares onde se refugiara das perseguições, a Igreja viu-se colocada na situação oposta: foi necessário assumir no inicio do século IV o papel de religião oficial do império. Ela corria o risco de ser tragada por essa difícil convivência com o poder, deixando que seus valores e a simplicidade de suas origens fossem abafadas.Os primeiros monges afastaram-se das cidades para buscar na solidão do deserto e numa vida extremamente pobre, o clima propicio ao conhecimento de si e ao encontro com Deus. Eles mantiveram viva a ligação da Igreja com suas fontes espirituais. Embora seja um modo de vida especial, a vocação monástica desde então sempre conservou-se na Igreja.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Papa nomeia novo bispo para Jataí, interior de Goiás
Da Redação, CNBB
Da Redação, CNBB
Assessoria
Padre José Luiz Majella Delgado, CSSR - novo Bispo de Jataí (GO)
O Papa Bento XVI nomeou hoje, 16, o subsecretário-geral adjunto da CNBB, padre José Luiz Majella Delgado, CSSR, como novo bispo para a Diocese de Jataí (GO). Padre Majella substituirá Dom Aloísio Hilário de Pinho, PODP, que teve sua renúncia aceita pelo Santo Padre, por causa da idade, conforme prevê o cânon 401 §1º.
Surpreso e emocionado, padre Majella, como é conhecido, vê sua nomeação como um chamado de Deus e um serviço à Igreja. “Senti que era um chamado de Deus e obedeço. Não sei porque razão o Senhor está me chamando, mas Ele sabe”, disse. “Acolho este chamado também como cruz, porque a cruz é sinal de redenção”.
Sobre a diocese que lhe será confiada, ele confessa que não sabia nem onde ficava. “Tive que olhar no mapa e, desde que identifiquei a cidade, já comecei a rezar e a amar o povo”, observou.
Padre Majella disse que se inspirou em Josué ao aceitar a nova missão. Josué foi o líder que Deus escolheu para substituir Moisés na condução do povo de Israel para a terra prometida. “Uma figura bíblica que ficou no meu coração foi Josué, quando Deus entregou-lhe o povo de Israel, no lugar de Moisés. Deus disse a Josué, ‘Eu estarei com você seja firme e corajoso. Não tenda nem para esquerda nem para a direita’. É isso que quero fazer: sentar-me no chão para não fazer acepção de pessoas”, contou padre Majella.
Sua ordenação episcopal está marcada para o dia 27 de fevereiro, às 18h, no Santuário Nacional de Aparecida. O bispo ordenante será o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha. O novo bispo terá como lema episcopal: “Servir com amor”.
“Tenho muito a agradecer a Deus por estar na CNBB, que está sendo uma verdadeira escola para mim. Através de minha vida aqui acolho este chamado, este serviço, em total comunhão com os bispos da Igreja”, acentuou.
Biografia
Mineiro de Juiz de Fora, padre Majella, 56, nasceu no dia 19 de outubro de 1953. Aos dois anos, mudou-se com a família para Volta Redonda (RJ). Fez o ensino fundamental em Volta Redonda (RJ) e Aparecida (SP) onde fez também o ensino médio, no Seminário Redentorista Santo Afonso. Na faculdade Salesiana de Filosofia, em Lorena (SP), fez licenciatura em Estudos Sociais e em Filosofia.
Em 1977 fez sua profissão religiosa e iniciou, no mesmo ano, o cursou deTeologia no Instituto Teológico São Paulo (ITESP), concluído em 1980.
No dia 14 de março de 1981, foi ordenado padre, em Volta Redonda (MG) e, dez anos depois, fez especialização em teologia litúrgica na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Em 2000, foi para Roma onde estudou Espiritualidade Redentorista na Academia Alfonsiana.
Como padre dedicou grande parte de seu ministério ao magistério. Foi professor no Seminário Redentorista de Aparecida; no Centro de Evangelização Missionária, em São Paulo. Foi também superior e diretor dos Seminários Redentoristas em Sacramento (MG) e em Aparecida (SP); secretário da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB) no Regional Leste 2 da CNBB; secretário da Associação dos Liturgistas do Brasil; prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida; vigário paroquial em Sacramento e na Basílica de Aparecida; secretário executivo local para a V Conferência dos Bispos da América Latina e Caribe, em Aparecida, no ano de 2007, tornando-se, em seguida, assessor da CNBB.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Liturgia no Mosteiro de São Bento - SP / Dezembro 2009
Véspera de Natal (24/12) 17h - I Vésperas Solenes e Benção do Presépio às 22h30 - Ofício de Vigílias – Leituras Cantadas a Meia-Noite - Missa Pontifical da Noite de Natal
Natal (25/12) 08h – Laudes Cantadas 10h – Missa Pontifical do Dia do Natal 16h45 -
II Vésperas Pontificais e Benção do Santíssimo
Véspera de Ano Novo. (31/12) 17h – I Vésperas Solenes
Ano Novo (01/01) 10h – Missa Solene 17h- Vésperas Solenes e Benção do Santíssimo
Recital de Orgão
Recital de Orgão. (17/12 à 23/12)
Na data de 17/12, às 20 horas, na Basílica Nossa Senhora da Assunção no Mosteiro de São Bento - SP e com a participação do Coro dos Monges Beneditinos, haverá apresentação de um Recital de Órgão, antecedendo as festividades natalinas.
Na data de 17/12, às 20 horas, na Basílica Nossa Senhora da Assunção no Mosteiro de São Bento - SP e com a participação do Coro dos Monges Beneditinos, haverá apresentação de um Recital de Órgão, antecedendo as festividades natalinas.
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