sábado, 31 de outubro de 2009

Monges Cartuxos

A realidade da Ordem da Cartuxa

Os Cartuxos formam uma Ordem milenar, fundada por São Bruno.

Hoje em dia, compõe-se de cerca de 450 monges e monjas que levam uma vida solitária no coração da Igreja, e inclui 24 casas distribuídas em três continentes, vivendo a mesma vocação contemplativa.

Monges solitários e contemplativos

Como todos os monges, os cartuxos consagram sua vida inteira à oração, para trabalhar por sua salvação e pela de toda a Igreja. Esta ordem contemplativa se apóia de maneira particular sobre três elementos:
  • a solidão;

  • certa combinação de vida solitária e de vida comunitária;

  • a liturgia cartusiana.

    Monges separados do mundo

    A solidão implica a separação do mundo. Assegurada pela clausura, esta solidão se concretiza, entre outros modos, em:

    - Uma saída por semana, para o Passeio;

    - Carência de visitas;

    - Sem apostolado exterior;

    - Não há rádio nem televisão.

    "Separados de todos, estamos unidos a todos já que é em nome de todos que nos mantemos na presença do Deus vivo."Estatutos 34.2

    Cristo: o Caminho, a Verdade, e a Vida

    "Ego sum via, et veritas, et vita. Nemo venit ad Patrem, nisi per me."

    "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim."

    Jo 14, 6.

    "[...] desde sempre, com o auxílio do Espírito Santo, Cristo, Verbo do Pai, escolheu homens para que vivam em solidão e se unam a Ele por um amor íntimo."Estatutos 1.1

    Para isto é que vivem os cartuxos.

    A vida solitária

    Assim, sacerdotes e irmãos vivem uma vida de oração e de trabalho solitários; os primeiros na cela, e os segundos nas obediências.
    "Nossa ocupação principal e nossa vocação é a de dedicar-nos ao silêncio e à solidão da cela.[...] Nela com freqüência a alma se une ao Verbo de Deus, a esposa ao Esposo, a terra ao céu, o humano ao divino."Estatutos 4.1
    Os Ofícios e o trabalho se sucedem segundo um ritmo imutável, ao passo do ano litúrgico e das estações.

    A vida comunitária

    Os cartuxos não são completamente ermitões. As duas dimensões (ativa e contemplativa) presentes em sua vida solitária também se expressam de maneira comunitária: em especial com a missa conventual, o longo ofício noturno, a recreação e o passeio.
    "A graça do Espírito Santo convoca aos solitários para construir uma comunhão no amor, à imagem da Igreja, que, sendo uma, está estendida por todas partes." Estatutos 21.1

    A vida material

    Conquanto os cartuxos estejam apartados do mundo, não vivem só do espírito. Também eles se vêem na necessidade de responder aos reclamos da humana natureza, ainda que com austeridade.
    Os Irmãos se encarregam de uma grande parte destas tarefas. Aos sacerdotes também está reservada uma parte destas tarefas, tanto para ajudar a cobrir as necessidades materiais como para fomentar um bom equilíbrio corporal.
    As rendas da Ordem estão em boa parte asseguradas pela comercialização do licor, mas também pelos produtos de artesanato provenientes de algumas das casas.

    Maria, mãe e modelo dos Cartuxos

    Sub tumm praesidium confugimus, Sancta Dei Genitrix,

    Nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus,

    Sed a periculis cunctis libera nos semper,

    Virgo gloriosa et benedicta.


    Sob teu amparo nos acolhemos Santa Mãe de Deus,

    não desprezes nossas súplicas nas necessidades,

    antes bem livra-nos sempre de todos os perigos,

    Oh Virgem gloriosa e bendita!

Ordem dos Templários

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim"Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici"), mais conhecida como Ordem dos Templários ou Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers"), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de assegurar a segurança dos muitos cristãos que voltaram a fazer aperegrinação a Jerusalém após a sua conquista.

Oficialmente aprovada pela Igreja Católica em torno de 1129, a Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente quer em membros quer em poder. Os cavaleiros templários, em seus característicos mantos brancos com a cruzvermelha, estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas. Os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica em todaCristandade, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário, e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.

O sucesso dos Templários esteve estreitamente vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França, influenciado porGuilherme de Nogaret, profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar oPapa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos, torturados até darem falsas confissões, e então, serem queimados em estacas. Em 1312, o Papa Clemente, sob contínua pressão do rei Filipe, dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que têm mantido o nome dos Templários vivo até aos nossos dias.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Símbolo da Fé Católica


782. Este sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, legitimamente reunido no Espírito Santo, presidindo-o os três legados da Sé Apostólica, tendo em vista a importâncias das coisas a serem tratadas, principalmente daquelas que estão contidas nestes dois pontos: a de extirpar as heresias e a de reformar os costumes, motivo principal de estar reunido, julgou seu dever professar, com as mesmas palavras segundo as quais é lido em todas as igrejas, o Símbolo de Fé usado pela Santa Igreja Romana como princípio em que devem concordar todos os que professam a fé cristã e como fundamento firme e único contra o qual jamais prevalecerão as portas do inferno (Mt 16, 18). O qual é o seguinte: Creio em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas. O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Foi também crucificado por nossa causa; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado. E ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céus, está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade a julgar os vivos e os mortos. E seu reino não terá fim. E [creio] no Espírito Santo, [que também é] Senhor Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelos profetas. E [creio] na Igreja, que é una, santa, católica. Confesso um só Batismo para remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade. Assim seja.